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Agronegócio

Agricultor é o profissional que trabalha na agricultura e criação de animais

O agricultor é uma peça fundamental para a economia do Brasil. Principalmente para o setor industrial e alimentício. É muito comum ouvir que o trabalho do agricultor sustenta a cidade. Isso porque a produção rural abastece os mercados, indústrias e fábricas nas metrópoles.

Milhares de produtos, então, têm sua origem no campo, como o etanol do combustível, o algodão para as roupas e os alimentos. Isso mostra como o trabalho do agricultor é bastante exigente.

Por isso, para trabalhar no campo é necessário gostar de plantas e de animais. Além disso, também é preciso entender sobre as necessidades do solo e gestão da propriedade.

  1. O que é agricultor?
  2. O que faz o agricultor?
  3. Quando se comemora o dia do agricultor?
  4. Quais são os tipos de agricultura?
  5. Agricultura de subsistência
  6. Agricultura biológica
  7. Permacultura
  8. Agricultura comercial
  9. Quanto ganha um agricultor no Brasil?
  10. O que é preciso para ser um agricultor?
  11. Agropecuária no Brasil
  12. Principais produtos agrícolas
  13. Soja
  14. Cana-de-açúcar
  15. Café


O que é agricultor?

Agricultor é o profissional que trabalha no campo. Assim, sua renda é proveniente das atividades agrícolas. Dentre as principais funções dentro da profissão de agricultor, pode-se dizer que a mais importante é o cultivo da terra. Dessa forma, a produção dos alimentos é o objetivo de todo esse trabalho.

Além disso, o produtor agrícola também cria animais. Estes são direcionados para o consumo próprio e para a comercialização. Ovelhas, cabras, vacas e galinhas são alguns dos animais criados pelo agricultor rural, por exemplo.

A importância do agricultor, então, é fundamental para a manutenção do país. Isso porque o campo abastece as indústrias, comércios e oferece matéria-prima para diferentes setores da economia.

O que faz o agricultor?

O trabalho no campo exige muita dedicação dos profissionais. Sendo assim, o que faz o agricultor? Bom, diversas atividades podem fazer parte de sua rotina. Além disso, os profissionais da agricultura cumprem extensas horas de trabalho.

Muitas vezes as atividades iniciam logo ao nascer do dia e se encerram só de noite. Saiba mais sobre a função do agricultor:

Para ser um profissional do campo é fundamental, por exemplo, gostar de trabalhos ao ar livre. Por isso, lidar bem com as plantas e com os animais é igualmente necessário.

A profissão exige muita responsabilidade e dedicação extrema. Vale reforçar, então, que nem todas as pessoas têm o perfil para o trabalho rural.

Quando se comemora o dia do agricultor?

O dia do agricultor é comemorado em 28 de julho. A profissão é celebrada oficialmente desde 1960. Na época, o dia foi escolhido por marcar o aniversário de 100 anos do Ministério da Agricultura.

De lá pra cá, muita coisa mudou. A tecnologia e a ciência invadiram o campo. De maneira geral a produção aumentou, assim como as políticas públicas para as famílias rurais.

O dia é muito importante para o Brasil, já que o país é um dos maiores produtores rurais do mundo. Muitas cidades com tradição agrícola, inclusive, promovem festas e comemorações durante o mês de julho.

Ele homenageia os profissionais do campo e alavanca a economia do setor. As “festas do colono”, como são chamados alguns destes eventos, promovem feiras e exposições, que exibem o trabalho do agricultor para milhares de visitantes.

Quais são os tipos de agricultura?

O agricultor pode trabalhar em vários sistemas de agricultura.

Sim, há mais de um tipo. Alguns são mais recentes e antenados às demandas e necessidades de nosso tempo. Ao mesmo tempo, outras permanecem mais próximas do tradicional; ainda que com algumas modificações. Mas continuam a ser relevantes para a empregabilidade do agricultor,por exemplo.

Os tipos de agricultura existentes atualmente são:

Abaixo, apresentamos as principais informações e diferenças de cada sistema.

Esse é o tipo de agricultura que se utiliza das técnicas mais rudimentares e tem produção fechada para o autoconsumo. Assim, é o tipo com o qual mais se associa o trabalho do agricultor, por ser a mais simples e tradicional.

Por muito tempo, foi o único tipo de agricultura praticado e marcou a vida de gerações.

Nesse modelo, o agricultor tem como principal objetivo obter alimento para si e sua família. Ou seja, não tem pretensões de comercialização. Embora nada impeça que possa adotar um sistema misto, comercializando ou trocando o excedente de sua produção, sua motivação principal é o de gerar o seu próprio sustento.

Na agricultura de subsistência, se pratica a policultura em pequenas propriedades. Não se utiliza equipamentos mecânicos para auxiliar no trabalho de cultivo e nem técnicas de adubagem.

Nesse sistema, fica a cargo do agricultor cuidar, cultivar e colher os alimentos.

É um modelo mais recente que surgiu no decorrer do século XX., também chamado de agricultura orgânica ou cultivo verde.

O objetivo da agricultura biológica é promover o equilíbrio da produção no campo. Isso, junto com a preservação dos recursos ambientais. Vale-se do estudo do ambiente e a racionalização das melhores práticas para garantir o desenvolvimento social do agricultor e o equilíbrio ambiental.

Nesse sistema, os alimentos são cultivados por meio de um controle biológico rigoroso de pragas. As técnicas empregadas de cultivo são menos rudimentares. Utiliza-se a rotação de culturas, compostagem de matéria orgânica e também adubo verde.

A agricultura biológica surgiu no período histórico em que se começou a detectar os impactos ambientais provocados pelo homem e a incidência ou alterações de fenômenos naturais capazes de gerar consequências graves a todo um coletivo, seja a médio ou a longo prazo.

Para diminuir esses impactos e preservar os recursos naturais, começou-se a se estudar métodos de cultivo que fossem capazes de promover um equilíbrio aceitável.

O trabalho de agricultura é um dos que mais infligem danos ao ambiente, no entanto, é um dos principais setores da economia de vários países, principalmente no Brasil, onde se constitui como um dos pilares econômicos, representando parcela fundamental do PIB brasileiro.

A permacultura seria uma fusão de agricultura de subsistência, comercial e biológica. O cientista e naturalista Bill Mollison criou o termo em 1978.

Mollison pregava uma ciência que garantisse a permanência do homem na Terra. Assim, percebeu que tal garantia só seria possível se o ser humano aprendesse a gerar seu sustento, mas cuidando em preservar os valiosos recursos da natureza.

Ele sabia que a produção agrícola predatória não seria sustentável por muito tempo. Também previa que os humanos ficariam em perigo se isso não fosse interrompido para dar lugar a um modelo de produção mais racionalizado.

Tendo isso em vista, desenvolveu o que hoje chamamos de permacultura. Esse tipo de agricultura que se norteia em 3 princípios:

Ou seja, ele entendia perfeitamente as necessidades do homem de se valer dos recursos naturais para garantir seu sustento e desenvolvimento. Mas enxergou que a exploração precisa de limites para se alcançar o equilíbrio necessário.

Para colocar em prática a permacultura, é necessário compreender a ecologia, utilizar de maneira racional os recursos naturais e sempre atuar no sentido de promover o desenvolvimento sustentável.

Para alcançar tal objetivo, a permacultura une as práticas agrícolas tradicionais a ideias novas, que dialogam com as exigências do mundo moderno. Dessa forma, há uma maior integração entre o homem e o ambiente de forma equilibrada.

As práticas mais comuns da permacultura são o banheiro seco, que tem como principal meta diminuir o uso de água e realizar o tratamento das fezes, bem como o minhocário, a produção de húmus e a horta mandala.

O agricultor que trabalha nessa modalidade tem como meta plantar e colher suas hortaliças para comercializar e, dessa forma, obter rendimento para garantir o próprio sustento.

Pratica-se na agricultura comercial a monocultura, ou seja, cultiva-se um único produto agrícola para atender uma necessidade de mercado, uma alta demanda.

A monocultura também traz como vantagem a oportunidade de aumentar a produtividade por meio de estudos de aperfeiçoamento do plantio, pois a constância do cultivo de um mesmo produto abre espaço para experimentações sem grande custo.

A monocultura ainda propicia menos entraves com pragas, pois evita atrair mais de um tipo.

É um grande ponto de distinção em comparação com a agricultura de subsistência. Isso porque esta, além de se voltar para o sustento dos próprios agricultores, tem uma produção mais diversificada. Pratica-se nesse sistema a policultura.

E a razão é simples: por mais saboroso que seja determinado alimento, dificilmente ele fornecer todos os nutrientes necessários para uma alimentação saudável. Certamente, com o passar do tempo, seus consumidores não suportarão ingeri-lo devido à saturação.

A agricultura comercial atende uma demanda de mercado, e não a necessidade alimentar de um pequeno grupo. Portanto, a monocultura não carece de sentido; muito pelo contrário.

A agricultura comercial envolve grandes extensões de terra. Isso porque sua produção exige grande escala para atender a demanda. Tal escala faz necessário o agricultor recorrer à mecanização, isto é, empregar recursos mecânicos e tecnológicos para realizar trabalhos no campo a fim de aumentar a produtividade.

Força de trabalho mecânica costuma ser mais eficiente, executando tarefas de vários homens e mulheres na maioria das atividades rurais.

No entanto, o emprego de tal maquinário provoca impactos ambientais negativos, como esgotamento do solo, desmatamento, além do uso excessivo de fertilizantes.


Quanto ganha um agricultor no Brasil?

Curiosidade de muitos, já que esse trabalho no mundo atual, tão urbanizado e dependente de tecnologia digital, soa anacrônico, algo muito distante.

No entanto, quem sabe sobre o papel do Brasil no mercado mundial entende a relevância do trabalho do agricultor. Isso porque integra um setor importantíssimo de nossa economia.

Além disso, vale ponderar que em muitos casos o agricultor presta serviços para terceiros, portanto, trabalha sob contrato de trabalho no qual se estipula valores fixos.

Sendo assim, quanto ganha um agricultor dos tempos modernos no Brasil?

Assim como ocorre em outras profissões, o valor mensal está atrelado ao tempo de experiência.

Um agricultor em início de carreira começa com um salário de um pouco mais de R$ 1.200. Consolidando a carreira e acumulando experiência, pode vir a ganhar R$ 2.063 por mês. Contudo, a média salarial é de R$ 1.561.


O que é preciso para ser um agricultor?

O jeito mais antigo e tradicional é o que envolve vivência prática e ensinamentos no meio familiar.

Esse modelo tradicional era o que imperava nos primórdios desse trabalho.

Famílias de agricultores passavam seus conhecimentos e práticas aos filhos. Assim, estes acabavam se tornando braços auxiliares na execução de tarefas e gradualmente executando sozinhos trabalhos mais complexos até estarem prontos a assumir o papel da mãe e do pai – ou para seguir caminho próprio ao constituir família.

Certamente, esse tipo de formação dentro do núcleo familiar ainda ocorrer no país. No entanto, sem dúvida, não é mais a única opção e muito menos a melhor.

Hoje existe formação acadêmica inteiramente voltada para atividades no campo. No caso, a graduação mais recomendada é a de agronomia, esse curso está disponível nas principais universidades públicas e privadas do país.

Agropecuária no Brasil

Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil conta com território de 851,487 milhões de hectares (ha). Além disso, o mesmo levantamento apontou que, ao longo desse território, estão distribuídos mais de 5 milhões de estabelecimentos rurais.

A totalidade de áreas ocupadas pelos estabelecimentos é de 351,289 milhões de ha, o que representa 41% da área total do país.

O número de área ocupada se revelou superior em 5,8% em comparação à última pesquisa divulgada em 2006. Esse aumento ocorreu mesmo com a diminuição de unidades rurais, mais de 100 mil.

Do total de estabelecimentos rurais pesquisados,  77% são de agricultura familiar. Estes estabelecimentos ocupam 80,89 milhões de hectares e são responsáveis por 23% do valor de produção.

No ano de publicação do levantamento publicado pelo instituto, 2017, a agricultura familiar gerava emprego para mais de 10 milhões de pessoas, número que representava 67% do total de trabalhadores em estabelecimentos rurais.

Principais produtos agrícolas

O Brasil atualmente o terceiro maior exportador de insumos agrícolas do mundo, posição que ocupa desde 2010, ano em que ultrapassou o Canadá. O Brasil fica atrás apenas de EUA e União Europeia.

Os principais produtos que o agricultor trabalha no Brasil são café, laranja, cana-de-açúcar, carne bovina e milho.

Quanto à carne bovina, o país se encontra no segundo lugar do ranking mundial de produtores. No caso do milho, o Brasil ocupa o terceiro lugar em volume anual de produção.

A seguir vamos passar algumas informações dos nossos principais produtos agrícolas.

O agricultor que decidir investir na produção de soja certamente terá demanda para atender, pois a soja responde por uma porcentagem superior a 9% da balança comercial brasileira, além de ocupar a maior parte de terras agricultáveis.

Vale salientar, também, que a maior parte dessa produção destina-se ao mercado estrangeiro.

O Brasil é o segundo colocado entre os produtores mundiais de soja, ficando atrás apenas dos EUA. Temos como vantagem em relação aos países do norte o fato de nossa produção de soja ocorrer no período de entressafra deles.

Desse modo, o maior volume de exportação acaba se destinando a esses países que precisam cuidar da alimentação, principalmente de seus rebanhos.

Nos anos mais recentes, o aumento produtivo de soja no Brasil ocorreu com a implementação de força mecânica.Por isso, aumentou a produtividade e a expansão da fronteira agrícola. Tal expansão foi marcada pelo avanço de produtores sulistas diretamente para a região central do Brasil.

Isso explica por que estados da região Centro-Oeste e Sul lideram a produção de soja, ao lado de alguns estados do Nordeste.

Sem dúvida, a cana-de-açúcar faz parte da história brasileira.Isso porque foi o primeiro cultivo produzido em larga escala do país e continua a ter papel importante para a vida do agricultor e para o setor rural como um todo.

De acordo com o IBGE, a cana-de-açúcar ocupa cerca de 10% das áreas utilizadas para a agricultura no Brasil. As exportações do produto representam 17% do total das exportações nacionais.

Os principais locais de produção se encontram em grandes e médias propriedades da região Sudeste e do litoral do nordeste. Entretanto, também há produção em regiões do Centro-Oeste e do Paraná.

Se, nos primórdios, ainda no período colonial, a cana-de-açúcar era cultivada para se fazer a produção de açúcar e comércio no exterior, atualmente sua produção atende outras necessidades.

Por exemplo, ela é amplamente usada na produção de etanol, de uso cada vez mais importante por se tratar de uma fonte de combustível valiosa na atual conjuntura geopolítica internacional.

O café e outro produto agrícola de muita história no Brasil e que, por muito tempo, foi o principal produto de exportação, do século XIXI até o início do século XX. Isto até a Depressão de 1929.

No entanto, mesmo após a queda provocada pela Grande Depressão, a produção de café continuou a ter relevância no agronegócio, mesmo não sendo mais o principal produto em termos de exportação.

O agricultor que investir em café hoje encontrará um cenário em que o produto representa 10% das exportações do agronegócio. Cerca de 70% do total produzido no país é exportado. Desse total, 30%  tem como origem o trabalho de agricultura familiar. Os maiores produtores são os estados de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. Juntos, eles são responsáveis por 83% da produção nacional.

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