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Meio Ambiente

Coruja-buraqueira é a mais comum no território brasileiro

A coruja-buraqueira é uma das 1919 espécies de aves existentes no Brasil. Dados da BirdLife Internacional apontam que existem no mundo 10.426 espécies de aves. O Brasil se coloca entre os 3 maiores países com diversidade de aves ao registrar 1919 espécies em seu território, e uma delas é a coruja-buraqueira.

Essa ave é uma das mais populares do país por ser possível encontrá-la em praticamente todo o território nacional, pois se instala em qualquer área aberta ou semiaberta, seja em campos naturais, restingas de praias, terrenos baldios, áreas urbanas, etc. A coruja-buraqueira é encontrada em abundância no país.

O que é coruja-buraqueira?

Coruja-buraqueira é uma ave da classe da strigiformes, família Strigidae. Seu nome científico é Athene cunicularia, cujo significado é “pequeno mineiro”.

O nome é bem apropriado para essa ave, pois é uma coruja que nidifica no solo. Ou seja, faz seus ninhos em terrenos arenosos, no chão, seja criando um com seu bico e patas ou aproveitando as cavidades criadas pelos tatus, contudo, adaptando esses buracos às suas necessidades.

Características da coruja-buraqueira

Essa ave tem porte pequeno, seu tamanho médio não ultrapassa os 28 centímetros, sendo os machos os mais altos da espécie. Algo incomum em se tratando de coruja, pois normalmente as fêmeas são as mais altas.

O peso de uma coruja-buraqueira fica entre 110 e 265 gramas.

A plumagem da coruja-buraqueira se assemelha à matiz da terra. Não raro, essa coruja é flagrada apresentando coloração de “ferrugem”, ocasião que entra em contato com a terra roxa.

As sobrancelhas da coruja-buraqueira são brancas e seu par de olhos é amarelado.

A visão da coruja buraqueira

Os olhos da coruja-buraqueira, a propósito, merecem maiores detalhes, pois é um aspecto importante dessa strigiforme. São muito grandes, em alguns casos sendo maiores até mesmo que o cérebro.

Os olhos ficam dispostos em um mesmo plano, obrigando a coruja-buraqueira a virar o pescoço, pois sua visão acaba sendo binocular, ou seja, consegue ver um objeto com ambos os olhos ao mesmo tempo.

Essa característica faz que tenha uma visão capaz de enxergar objetos em três dimensões:

Tamanha capacidade visual é extremamente útil para as suas aventuras no solo, onde tem que se deparar com túneis que recebem baixíssima incidência de luz.

A audição da coruja-buraqueira também é formidável e muito provavelmente se desenvolveu, em termos evolutivos, para garantir a sua sobrevivência, pois apenas com esse sentido consegue perceber a movimentação de suas presas.

Alimentação da coruja-buraqueira

Ótima introdução para abordar a alimentação da coruja-buraqueira. Sua dieta é constituída principalmente de insetos, como mariposas, grilos, besouros, mas também se alimenta de répteis e anfíbios, ainda que raramente.

Estima-se que um casal de corujas buraqueiras consuma de 12.300 a 26.200 insetos por ano.

Como essa coruja é uma ave de rapina, não há predadores para a sua espécie, porém, isso não significa que esteja livre de risco, pois os humanos acabam sendo a principal causa de mortalidade.

Como seus ninhos são feitos no solo, a passagem de veículos sobre essas tocas provoca o soterramento da ave dentro de seu ninho, ocasionando a sua morte.

Tipos de coruja

Já foram registradas mais de 200 espécies de coruja no mundo, sendo algumas delas tipicamente brasileiras.

É importante salientar que das 1919 espécies existentes no Brasil, nem todas têm seu ciclo de vida exclusivamente em solo brasileiro.

Algumas migram de outras regiões como América do Norte, região sul da América do Sul e de países da região Oeste do Brasil. Passam breve período em nossas terras até retornarem ao local de origem.

A maioria tem hábitos noturnos, no entanto, algumas, como a coruja-buraqueira, são ativas tanto durante noite quanto durante o dia. As corujas também são conhecidas por serem símbolo de inteligência e de mistério, pois seus olhares marcantes e perscrutadores que se mantêm alerta durante as horas mais escuras certamente devem testemunhar muitos segredos.

Veja a seguir alguns tipos de coruja.

Coruja-diabo

Sem dúvida, a agressividade da Asio stygius quando se sente ameaçada é um dos motivos para receber esse nome tão negativo, mas não é o único.

Os olhos dessa coruja são bem encarnados, de um vermelho intenso, colaborando para associá-la à antítese do bem.

O tamanho dessa ave é considerável, chega a medir 40 cm, contudo, a sua pelugem escura ajuda a camuflá-la na folhagem.

Pode ser encontrada no México, Paraguai, Argentina e Brasil.

Corujinha-do-mato

Junto à coruja-buraqueira, a Megascops choliba é uma das corujas mais populares do Brasil, pois também se encontra espalhada em todo o território nacional.

Tem porte pequeno, medindo não mais que 22 cm e pesando até 134 gramas.

Seus olhos amarelados se destacam na face cinzenta com contorno preto e suas orelhas apresentam formato pontiagudo nas laterais da cabeça.

Diferente da coruja-buraqueira, a corujinha-do-mato tem hábitos exclusivamente noturnos. Os locais que busca abrigo são os cupinzeiros ou os buracos feitos por animais como os pica-paus.

Ela se localiza em outros países além do Brasil, com destaque para Costa Rica, Paraguai, Bolívia e Argentina.

Coruja-das-torres

Por se adaptar a diferentes climas, como o temperado e tropical, a Tyto furcata pode ser vista em todos os continentes do mundo, com exceção da Antártida.

Além de coruja-das-torres, é conhecida como coruja-da-igreja, coruja-católica e rasga-mortalha.

Tem porte robusto, pesa entre 250 a 700 gramas e pode viver até 10 anos. Prefere campos abertos para se instalar.

A sua plumagem é predominantemente branca, além de densa e suave. As costas têm manchas escuras entremeadas com cores castanho-claras. A cabeça também apresenta essa característica, mas em menor escala e intensidade.

Seu rosto tem formato de coração branco, assim como o peito.

O som emitido por essa espécie de coruja pende para o rouco, semelhante ao som de um tecido sendo rasgado.

 Coruja-campestre

A coruja-campestre pode ser vista na América do Norte, América do Sul e em alguns países da África e da Ásia.

Migra de regiões mais frias para as de zona temperada e nidifica no solo, grama ou até em pântanos. Nos ninhos, coloca até oito ovos brancos com 48 horas de diferença entre cada um.

O macho fica de guarda enquanto a fêmea incuba, período que pode durar até 1 mês.

A plumagem da coruja-campestre é branca, cinza e castanha. Assim como a coruja-buraqueira, tem atividades diurnas.

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