Febre aftosa tem impactado a economia nacional e prejudicado o desenvolvimento dos animais
A febre aftosa tem grande impacto na economia. Portanto, contaminando animais e humanos, a doença compromete a importação e exportação de bebidas e alimentos em países que passam pelo surto.
Os surtos de febre aftosa entre os animais prejudicam rapidamente todo o rebanho. Dessa forma, o grande problema dos surtos estão em torno do risco que eles oferecem para a economia da pecuária, atrapalhando o comércio exterior.
O que é febre aftosa?
Febre aftosa é uma doença viral e contagiosa que afeta principalmente os animais suínos, ovinos, caprinos e bovinos. A doença é provocada pelo agente do vírus RNA, da família Picornaviridae de gênero Aphtoviru, através do contato com as secreções e excreções do animal infectado. A contaminação em humanos, por exemplo, é feita por meio do consumo de leite ou alimentos infectados pelos animais.
Tipos de sorotipos da febre aftosa
Ao todo, existem sete sorotipos do vírus da febre aftosa. São eles:
- O
- A
- C
- SAT (South African Territory) -1
- SAT-2
- SAT-3
- Ásia–1
No Brasil, entretanto, os sorotipos mais comuns do vírus são o O, A e C.
Como é o contágio da febre aftosa?
Os animais infectados transmitem o vírus através do leite, saliva, sêmen, fezes e urina ou seja, pelas excreções e secreções. O vírus também pode ser conduzido pelo ar e pelas pessoas, transmitindo a doença para os animais, embora água, alimentos e leite também possam ser contaminados e transmitirem a doença.
Portanto, o vírus da febre aftosa é duradouro e pode resistir por muito tempo na medula óssea, no pasto e no couro, até mesmo após a morte do animal.
Sintomas
Os sintomas da febre aftosa em animais se manifestam de maneiras distintas no organismo de cada deles. Os mais comuns são:
- Febre alta
- Calafrios
- Aftas na boca, gengiva e língua
- Muco nasal
- Bolhas de líquido nas patas e nas tetas, com a possibilidade de estourarem e se transformarem em úlcera
- Perda de apetite
- Difícil locomoção
- Perda de peso
Por outro lado, estes sintomas também podem resultar em pouca produtividade e imunidade baixa dos animais, tornando assim mais fácil o contágio de outras doenças. As vesículas nas tetas, por exemplo, fazem com que a produção do leite seja prejudicada.
Vacinação
A vacinação é de responsabilidade dos donos do rebanho e é obrigatória entre os animais, como o intuito de prevenção e eliminação da doença. Portanto, para que seja feita a vacinação é necessário que o proprietário dos animais preencha uma declaração e entregue junto a nota fiscal das vacinas ao serviço veterinário correspondente do seu Estado.
As estratégias de vacinação são divididas em:
- Vacinação semestral em todos os animais; sendo a dose aplicada por 30 dias seguidos
- Vacinação semestral em animais de até 2 anos
- Vacinação anual em animais com mais de 2 anos; sendo a dose aplicada por 30 dias seguidos
Febre aftosa em humanos
A febre aftosa é considerada uma zoonose pela possibilidade (rara) de contaminar humanos. Regiões rurais, crianças e idosos com baixa imunidade, por exemplo, são os mais vulneráveis a serem contaminados pela doença.
O contágio se dá pelo consumo de leite não pasteurizado, consumo de carne contaminadas ou pelo contato com as secreções do animal infectado. Os sintomas da febre aftosa em humanos envolve:
- Feridas na pele, na boca e nos dedos
- Febre alta
- Dores musculares
- Dor de cabeça
- Sede abundante
O diagnóstico da febre aftosa em humanos é feito através de exames físicos e exames de sangue. Dessa forma, o tratamento é feito a base de remédios analgésicos, ingestão de líquidos e repouso diário.
De fato, manter a vacinação em dia, higienização do ambiente de trabalho e das vestimentas são considerados fatores importantes para a prevenção da doença. A febre aftosa é prejudicial não somente para os animais, mas também para humanos, para a região que estão localizados e para a economia do país, ou seja, interfere na importação e exportação de produtos gerados por eles.