Ícone do site Agro20
Pecuária

Galo índio gigante é o mais forte e atlético da espécie

Galo índio gigante é usado para produzir mestiços de maior porte

O galo índio gigante é um tipo de ave galinácea, de origem brasileira, obtida através do cruzamento genético entre várias espécies. Esta categoria também pode ser conhecida popularmente como “galo combatente” ou “caipira”. Caracteriza-se por ser agressivo, se exposto a situações de stress, além de ser muito atlético e forte.

O galo índio gigante é usado para cruzar com galinhas sem raça ou de outras raças, para produzir mestiços de maior peso. Normalmente, os criadores não produzem animais da própria raça para serem abatidos em massa.

O que é galo índio gigante?

Galo índio gigante (Gallus Domesticus) é uma raça de ave doméstica totalmente desenvolvida no Brasil. Esta é a espécie de maior tamanho do gênero Gallus. Além disso, está entre as de maior peso do mundo. Para se ter uma ideia, um macho adulto pode ultrapassar 1 metro de altura e atingir um peso de até 8 Kg.

O preço do galo índio gigante é aquecido no mercado, sobretudo devido ao grande porte deste animal. Os galos desta espécie costumam ser alvo de curiosidade pelo seu tamanho incomum para uma ave. Alguns, inclusive, chegam a atingir a estatura de uma criança de cerca de 6 anos de idade.

História do galo índio gigante

O galo índio gigante surgiu no Brasil, oriundo do cruzamento de galos de rinha com galinhas caipiras e outras raças de galinhas. Com o tempo, contudo, os criadores selecionaram os maiores exemplares até aos moldes atuais. Por isso, a raça tem padrão definido e uma associação nacional de criadores, que organiza o mercado.

Galo índio combatente

O galo índio gigante também costuma ser chamado de galo índio combatente por causa da sua origem (as rinhas), do seu comportamento e do porte atlético do animal. Não é à toa que, muitas vezes, é criado para participar de concursos. Segundo a Associação Brasileira de Criadores da Raça Índio-Gigante, no entanto, o animal precisa apresentar porte altivo e musculatura forte para competir. Os mais fortes têm, em média, 1,05 metro e peso de 4,5 quilos (no mínimo).

Por outro lado, a galinha da raça deve medir 90 centímetros e pesar 3 kg, no mínimo. Desta forma, para concorrer com outras aves, a índio gigante precisa ter a idade de 14 meses.

A medição do tamanho do animal é feita da ponta da unha do dedo médio da pata até a ponta do bico. Porém, para medir, segura-se o galináceo de modo que fique totalmente esticado, normalmente na horizontal. Já que nesta posição ele costuma ficar calmo e é mais fácil a medição.

Origem do galo índio gigante

Classificação zoológica

Ovos de galo índio gigante

A fêmea do galo índio gigante começa a pôr ovos com pouco mais de 200 dias de vida. A espécie é capaz de produzir 160 ovos por ano. Os ovos desta raça são maiores do que o de outras galinhas, além de muito ricos em proteína. Por esta razão, os ovos de galo índio gigante têm alto valor de mercado, chegando a ser vendidos por até R$ 200 a dúzia.

Lucrativa quando criada para a produção de ovos, a raça também pode ser usada para abate, já que possui uma carne de excelente qualidade, além de muito nutritiva, suculenta e com baixo teor de gordura. O abate só pode ser ser feito, contudo, aos quatro meses de vida do animal.

Como criar o galo índio gigante

Criação do galo índio gigante

O galo índio gigante é um galináceo rústico e com boa adaptabilidade, mesmo em condições climáticas mais adversas. Por essa razão, é criado com sucesso em praticamente todas as regiões do país. Sobrevivem bem ao frio ao calor, mas devem ser abrigadas com conforto para que sua saúde seja mantida.

O ambiente de criação, portanto, deve ser mantido limpo e, se possível, livre de umidade. A área do galinheiro deve permitir ainda a livre movimentação das aves.

Local de criação

O galinheiro para abrigar animais desta raça podem ser construídos com os mais variados materiais, como por exemplo tijolo, madeira e telas de arame. O cativeiro deve ter, em média, 5 m² (por 2 metros de altura), com orientação Leste-Oeste. É recomendável que a estrutura tenha duas paredes de tela, além de duas de alvenaria Ambas devem ter posições perpendiculares com o intuito de proteger a ave. A cobertura pode ser feita com telhas de barro e o piso pode ser de cimento, para facilitar a limpeza.

Alimentação do galo índio

A alimentação desta espécie é a mesma empregada na criação de frangos e galinhas convencionais. Para pintos recém-chocados, deve-se oferecer ração inicial. Já os pintos com mais de um mês começam a se alimentar com ração de crescimento.

Para aves em reprodução, no entanto, deve-se providenciar  a “ração de postura”, enquanto as que vão pro abate comem a ração de engorda. Para garantir maior vigor ao índio gigante, é interessante acrescentar à dieta vitamina D e cálcio. Como complemento alimentar, é bom investir em frutas e hortaliças frescas, além de milho.

Reprodução do galo índio gigante

Após o acasalamento,  fêmeas e machos devem ser separados para que os dois possam descansar. É recomendável que este período de descanso seja superior a 12 horas.

No entanto, os cuidados com a reprodução não terminam por aí, é necessário manter os ovos em um espaço com temperatura de no mínimo 19ºC. Já que que o calor acelera o processo de fertilização. As aves também podem ser mantidas no calor, uma vez que isso ajuda a criar anticorpos.

Associação de classe do índio gigante

A Associação Brasileira de Criadores de Aves da Raça Índio Gigante, fundada em Lavra (MG), no dia 19 de abril, em homenagem ao Dia do Índio, reúne alguns dos maiores criadores desta espécie no país. A instituição debate temas como desenvolvimento genético e comercialização.

“Temos convicção e acreditamos muito que daqui a poucos anos a realidade do índio gigante será outra. E que aqueles que acreditarem em nosso trabalho estarão usufruindo de tudo aquilo que estaremos agregando aos negócios”, destaca o texto da diretoria no site.

O galo índio gigante se tornará uma verdadeira alternativa para a avicultura nacional e alcançará uma posição de destaque. A afirmação é da associação, que tem planos ambiciosos para o setor.

Sair da versão mobile