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Veterinária

PCR / Polymerase Chain Reaction / Proteína C-Reativa: como funciona?

Com a pandemia do novo coronavírus, exames de PCR passaram a ser produzidos em escala astronômica. O exame conhecido como PCR é usado desde os anos 1980 por sua eficácia em detectar infecções dentro de um organismo. Por esse motivo tem sido muito utilizado para detectar pacientes com o novo coronavírus.

No entanto, apesar da eficácia do PCR em detectar um agente nocivo, o exame não consegue determinar exatamente onde há uma inflamação ou infecção atuante na estrutura na qual faz parte. Por isso, esse exame deve ser utilizado e solicitado de forma complementar e receber avaliação de um profissional da saúde qualificado.

O que é PCR?

PCR é a sigla em inglês de Polymerase Chain Reaction. Trata-se de uma proteína produzida pelo fígado que serve para assinalar uma situação anômala dentro de um organismo, provocada por um agente infeccioso.

O PCR é visto como uma proteína que fornece pista da situação de uma estrutura orgânica no que se refere a processos inflamatórios. Um guia, um sinal de alerta que passa a emitir aos observadores externos de que algo não vai bem nas dependências que integra.

E como a PCR consegue executar essa função, emitir esse alerta?

Pela sua capacidade de produção. Quando há um problema de infecção ou inflamação em modo embrionário ou em plena atividade, essa proteína passa a ter maior concentração sanguínea.

Ou seja, a sua reação ante ao quadro infeccioso é ter aumento produtivo radical de sua produção. Por isso, essa proteína também é chamada de Proteína-C-Reativa.

Em conjunto a esse crescimento, observa-se maior elevação de leucócitos no sangue. Estes se tratam de células de defesa do corpo.

Ou seja, feito exame de sangue, se verificou concentração atípica de Proteína-C-Reativa e de leucócitos, é sinal claro de que algo não vai bem no organismo avaliado, mesmo se este de momento não apresente nenhuma grande queixa.

É provável que sua condição irá se deteriorar com o passar dos dias ou até das próximas horas se nada for feito para identificar qual o mal que lhe acomete e como combatê-lo.

Exame PCR

Como é feito o exame PCR?

Antes, vale ressaltar que esse exame não é capaz de identificar onde exatamente há uma infecção ou inflamação.

É preciso que se faça exames complementares para um diagnóstico preciso e submetê-lo a avaliação de um médico para interpretar as informações obtidas com os testes.

Apesar de hoje o exame PCR estar sendo muito usado para diagnosticar casos de COVID-19, de estar se popularizando em razão de ser um dos principais testes para detectar essa doença que vem causando tão grandes males à população mundial, ele é usado desde os anos 1980 para identificar riscos de diversos tipos de enfermidades.

Ele não apenas serve para diagnosticar uma moléstia em plena atividade, mas também serve para indicar quais são os casos com mais ou menos riscos de se desenvolver doenças. Exemplos são as doenças reumáticas e cardiovasculares.

Como é feito o exame PCR?

A realização do exame PCR é feita de forma bem simples. Basta colher uma amostra do sangue do paciente para o fluido ser analisado laboratorialmente.

Antes do aplique da agulha para a retirada do fluido, é colocado um plástico em volta do braço para que as veias fiquem mais carregadas de sangue. O local a receber o aplique é higienizado com uma solução antisséptica.

Após a introdução da agulha, uma pequena amostra de sangue é coletada em um frasco ou na própria seringa.

Após a extração do fluido corpóreo, o local perfurado é vedado com um curativo, bastando o paciente esperar pelo resultado do exame.

O exame PCR costuma ser relativamente indolor e levar apenas alguns minutos para ser realizado.

Existe apenas um exame PCR?

Há apenas um tipo de exame PCR? Não, existe um mais sofisticado, capaz de mensurar a Proteína-C-Reativa em quantidades muito reduzidas no sangue.

Esse exame, por tal sofisticação e alcance, consegue fazer diagnósticos precoces de quadros infecciosos e avaliar possíveis desenvolvimentos de moléstias. É chamado de PCR ultrassensível.

Trata-se de um teste muito requisitado para se avaliar os riscos do paciente vir a desenvolver problemas cardiovasculares, como angina, infarto ou AVC.

Contudo, apesar de sua eficácia em detectar problemas, esse exame não é recomendado para todos os tipos de paciente.

Costuma-se recorrer a essa avaliação quando o paciente se enquadra no grupo de pessoas que têm de 5 a 10% de chances de ter um ataque cardíaco nos próximos anos.

Determinar quais são esses perfis de pessoas leva em conta uma série de critérios, desde o histórico familiar ao estilo de vida.

Um grupo que certamente se encaixa é o de pessoas que já sofreram um ataque cardíaco, pois essas pessoas são mais propensas a terem um novo ataque dos que as que apresentam um nível de atividade cardíaca considerada normal.

Para quais tipos de doenças o PCR é indicado?

A reação do PCR ante a quadros infecciosos e inflamatórios faz o exame ser recomendado para doenças que provoquem as consequências características dos quadros citados.

O exame PCR é indicado para se verificar lúpus, doenças inflamatórias no intestino, sepse, infecções bacterianas, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, entre outras enfermidades.

Diagnosticando a COVID-19

No caso do novo coronavírus, como se trata de um vírus, portanto, um agente infeccioso, o exame de PCR é útil para avaliar se o paciente em questão apresenta em seu organismo um quadro de infecção típico de COVID-19.

Há contraindicações?

Não há contraindicações quanto ao perfil de pessoa, doenças pré-existentes ou gravidez, pois o exame consiste em uma simples amostra de sangue. Mas há contraindicações relativas a comportamentos antes do teste de PCR.

Por exemplo, não é recomendável fazer exercícios físicos intensos ou de choque antes do exame, pois é possível provocar alteração no resultado.

A ingestão de alguns medicamentos também pode provocar alteração, por isso é necessário informar ao médico sobre os medicamentos que está ingerindo.

É preciso ficar atento também ao fato de que nem sempre a amostra de sangue servirá apenas para analisar concentração de PCR, mas também poderá servir de modelo para a realização de outros tipos de testes, caso tenham sido solicitadas pelo médico. Nesse caso, alguns exames necessitam que o paciente esteja em jejum. Informe-se com o seu médico.

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