Ícone do site Agro20
Agricultura

Pindoba é uma espécie de palmeira da família das Arecáceas

A pindoba também é chamada de babaçu. A pindoba é uma palmeira que tem todas as suas partes exploradas e utilizadas para o sustento de milhões de pessoas. Nada é desperdiçado, especialmente no Centro Oeste, Norte e Nordeste do país, onde há grande ocorrência dessa planta.

A planta é bastante resistente e contém frutos com sementes oleaginosas que são comestíveis. Além disso, a pindoba contém substratos que podem ser usados em remédios.

O que é pindoba?

Pindoba é um tipo de palmeira que é muito encontrada no Piauí e no Maranhão, sendo uma planta bastante característica da mata de Cocais, que é uma zona de transição entre as florestas da bacia amazônica e as regiões semi-áridas do Nordeste.

A pindoba planta, também chamada de babaçu, é uma planta bem robusta, alta, que pode chegar a ter em torno de 20 metros de altura.

Ademais, o diâmetro varia de 25 a 44 centímetros e as folhas podem chegar a ter de 4 a 8 metros, em quantidade de 7 a 22 folhas cada pindoba.

Além disso, para saber o que é pindoba, é precisa entender que essa planta é muito importante para o desenvolvimento econômico da região, pois todas as partes da pindoba são utilizadas de alguma forma.

Os talos da palmeira podem ser utilizados na fabricação de uma série de móveis artesanais, bem como a fruta pindoba, chamada de frutos drupáceos, contém sementes oleaginosas que são comestíveis.

Ademais, dessas sementes é extraído um óleo que é muito utilizado em remédios e em alimentos.

Outrossim, o óleo faz parte de várias pesquisas avançadas na área de desenvolvimento de biocombustível, o que pode trazer grandes benefícios para diversos setores que utilizariam esse tipo de combustível.

Desenvolvimento da pindoba

Depois de plantada, a pindoba leva em torno de 10 a 12 anos para começar a produzir, sendo que a idade madura da produção é considerada quando alcança os 15 ou 20 anos, sendo que a vida média da planta é de 35 anos.

A época em que ocorre a floração dessa planta é nos meses de janeira até abril, e coincide com os períodos chuvosos das regiões onde ela cresce.

Ela é chamada de coco pindoba, pois quando fica madura o coco se desprende da planta e cai no chão.

Além disso, em casa fruto, chamado de coco, é possível encontrar em torno de 2 a 8 amêndoas.

Essa planta possui grande resistência, sobrevivendo a uma série de predadores que atacam suas sementes. Com isso, a pindoba possui uma taxa alta de regeneração.

Por ser resistente, a pindoba é encontrada em áreas extensas. E além da resistência, o que auxilia para ser encontrada em grandes áreas são as queimadas, o que não deixa que outros tipos de vegetações prejudicam a planta.

Ademais, essas extensas áreas onde comumente são encontradas as pindobas, possuem o nome de babaçuais.

Curiosidades sobre a pindoba

A palmeira é a maior fonte que existe no mundo todo de óleo silvestre para utilização doméstica, sendo que o uso tradicional dessa planta é brasileiro.

Além disso, o óleo extraído da pindoba é um dos principais produtos extrativistas do país, o que é de grande importância para a contribuição econômica de vários estados do país.

Ademais, por possibilitar atividades artesanais, a planta também é responsável pela economia de milhares de famílias.

Quebradeiras de coco babaçu

As quebradeiras de coco babaçu são grupos de mulheres que estão localizados nas regiões onde existem pindobas.

Elas são mulheres extrativistas dos estados do Pará, Piauí, Maranhão e Tocantins e são responsáveis pela coleta e quebra do coco da pindoba. Com esse trabalho, elas conseguem separar a casa da amêndoa.

Além disso, também desenvolveram uma forma peculiar de manejar a terra e contam com código próprio para organizar as atividades.

Essa atividade com os cocos da palmeira pindoba ou babaçu é a atividade de renda principal ou secundária das famílias dessas mulheres.

Ademais, outra informação muito interessante sobre esse grupo é que a atividade é feita toda artesanalmente. E para conseguir quebrar o coco elas utilizam uma pedra e uma machadinha. Uma técnica que, apesar de muito simples, é muito eficiente e funciona muito bem para o propósito de quebrar o coco pindoba ou o coco de pindoba.

Assim, o lucro que elas adquirem é todo proveniente do trabalho manual que exercem. E, não há necessidade de grandes investimentos em materiais ou equipamentos para a quebra do fruto.

Com isso, mesmo com nenhuma infraestrutura, os grupos conseguem êxito na tarefa. Ademais, conseguem fazer com que o rendimento seja ainda maior do que seria caso necessitassem de ferramentas mais elaboradas e especializadas.

Há uma estimativa aproximada de que viva 1 milhão de quebradoras de pindoba nos estados onde essa planta de desenvolve. Ou seja, são centenas de milhares de famílias em que a renda é oriunda da atividade da quebra do coco dessa palmeira.

Importância econômica da pindoba

Dessa forma, é possível ver o tamanho da importância que a planta possui para as atividades econômicos locais e, por consequência, do país.

No entanto, essas regiões passaram e estão passando por privatização e cercamento. Fazendas passaram a desbastar as áreas de pindoba para plantar campos de arroz ou criar pastos de pecuária.

Com isso, o modo tradicional de vida desses grupos está em risco. Ademais, o risco também existe por conta de usufrutos coletivos das áreas, onde os proprietários começaram a cobrar parte da renda dos grupos para permitir a quebra.

Assim, as quebradeiras vêm articulando defesas com cooperativas para que medidas protetivas sejam tomadas. A intenção desse movimento é possibilitar que as atividades econômicas possam seguir acontecendo e beneficiando a todos os envolvidos.

Uso da pindoba

As palmeiras de pindoba são um tipo de planta que auxilia diretamente pessoas em diversos locais.

Além disso, oferecem substratos para pesquisas e podem significar uma evolução em combustíveis biodegradáveis.

Ademais, por serem resistentes, não demandam de alto custo para o cuidado e conservação, o que faz com que essa palmeira seja ainda mais vantajosa,

Dessa forma, se você já utilizou o óleo da pindoba ou viu algum móvel artesanal feito das folhas da palmeira, agora já sabe de onde vêm todas essas coisas que são ricas em cultura brasileira.

Sair da versão mobile