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Agricultura

Pitomba é bastante comum na região amazônica e Mata Atlântica

A pitomba tem um sabor peculiar e é bastante consumida no Nordeste

Pertencente à família Myrtaceae, a pitomba é bem vista na região Amazônica, mas também na Mata Atlântica. É comumente conhecida como caruiri e olho-de-boi, sendo bastante cultivada em estados nordestinos, especialmente em Pernambuco.

Como fruto vindo da pitombeira, a pitomba tem o nome que se origina do tupi e significa “sopapo”. A árvore pitombeira frutifica entre janeiro até abril e, curiosamente, faz parte da família da jabuticaba.

O que é pitomba?

Pitomba é um fruto nativo de todo o Brasil, mas tem o consumo mais efetivo nas terras nordestinas. Quando madura, esse fruto é amarelo. Entretanto, com o passar do tempo, fica marrom. De sabor característico, tem boa suculência com um leve toque de azedo, geralmente sendo doce.

Sua casca é dura, contudo, bem fácil de quebrar.

Dentro dela fica a polpa – uma parte esbranquiçada – e o caroço. A pitomba é consumida na forma in natura e como licor. Porém, não se tem o costume de ser empregada em pratos doces ou salgados.

A fruta pitomba

A fruta pitomba, ou pitomba do Nordeste, é arredondada, bem dura e revestida com uma casca um tanto quebradiça. Assim, mesmo o fruto tendo uma casca bem dura, pode ser facilmente aberto.

Para identificar a maturidade ou não da pitomba, basta ficar atento à sua cor. Quando o tom externo é marrom, mas a polpa se mostra bem branquinha, está ótima para o consumo.

Esta não é uma fruta que carrega consigo uma importância econômica relevante. Dessa forma, a pitomba e seu cultivo não são feitos nos pomares comerciais. O plantio é mais comumente encontrado nas praças e quintais.

Sua comercialização é, geralmente, feita em alguns mercados específicos em todo o país. Contudo, no Nordeste e no Norte, a venda é feita nos mercados municipais e feiras livres.

Outra forma de encontrar meios de plantio da fruta pitomba é buscando pelas mudas e sementes em sites especializados na internet.

Algo bem comum em Pernambuco é o aluguel da árvore da pitomba. Esse costume vem de tempos, onde o dono, por uma quantia, permite que os frutos sejam todos apanhados. Assim, não só o proprietário, mas também quem aluga, tem bons lucros.

O pé fica sempre bem carregado, proporcionando uma quantidade considerável de frutas maduras ou não.

Entretanto, apesar de tudo isso, é preocupante o futuro que a pitomba tem. A cultura extrativista das plantas encontradas na Floresta Atlântica pode comprometer sua existência. Não há a reposição correta das áreas exploradas, portanto, o perigo de extinção está à espreita.

Benefícios da pitomba

Os benefícios da pitomba são vários e bastante relevantes. Essa fruta, no organismo humano, pode combater:

Além disso, a pitomba é altamente rica em vitamina C. Dessa forma, contém ação antioxidante, que faz o combate dos radicais livres dentro do corpo. É isso o que evita o tão temido surgimento de rugas e linhas de expressão.

Ainda em se tratando da pele, a presença da quantidade considerável de ferro acaba aumentando a produção de elastina e colágeno.

Esses dois componentes são essenciais para uma boa manutenção da pele saudável. Eles fortalecem o tecido conjuntivo e retardam os sinais do tempo.

Usa-se o chá da semente para que problemas com hidratação sejam resolvidos. Já o chá de suas folhas, por outro lado, pode ser indicado no que se chama de “dor de cadeira”, além de problemas renais sérios.

Como o sabor da polpa é bastante agradável, várias espécies de aves encontram nela uma de suas principais fontes de alimento. Além do mais, o caroço é tido como um bom adstringente que é capaz de acabar com as ocorrências de diarreia.

Em relação às suas folhas, por possuírem grandes quantidades de tanino, são geralmente usadas para que os couros não apodreçam.

Além de tudo isso, a fruta pitomba também tem presente em sua composição, uma proteína bastante eficaz no combate a fungos nas plantações de café e cana-de-açúcar.

Recentemente, a fruta passou a ser usada nos locais de estoque de grãos do feijão e da soja, com o objetivo de evitar carunchos. Os resultados foram bastante satisfatórios, transformando a pitomba em uma excelente forma de combate a esses tipos de pragas.

A pitomba da Bahia

A pitomba da Bahia tem como nome científico Eugenia luschnathiana. Sua árvore possui o ciclo perene. Em um estado natural, ela é capaz de atingir aproximadamente 10 m de altura. Contudo, em um pomar doméstico, é bem difícil que ela ultrapasse os 5 m.

Sua aparência é bem pequena, com cerca de 5 centímetros. É formada por protuberâncias globosas ou oblongas, com 3 sementes ficando soltas.

Já a casca é lisa e fina, tendo a polpa um tanto quanto espessa, carnosa, suculenta e de sabor acidulado-doce. A maturação da fruta ocorre acontece entre os meses de dezembro até janeiro.

A pitomba uvaia (ou ubaia)

A pitomba uvaia é também bastante conhecida como ubaia vermelha ou ubaia rubi da Amazônia.

Sua arvoreta é frutífera e nativa da nossa Amazônia. Ela é capaz de produzir frutos muito bonitos com casca brilhante e vermelha.

A polpa é espessa e suculenta, com o sabor agridoce bem agradável. Seu consumo é maior na forma de sucos, sorvetes, geleias, mas também pode ser consumida in natura sem problema algum.

A árvore é pequena e tem o formato parecido com o de uma copa piramidal, não passando de 5 m de altura. É uma planta ornamental muito utilizada nos projetos arquitetônicos de paisagismo.

Seu cultivo é muito fácil, o que a torna uma excelente alternativa para pequenos e médios produtores.

O plantio deve ser feito em espaços que possuam meia sombra, mas a fruta também aceita lugares onde o sol bate forte. Nesses casos, onde a árvore é plantada nas imediações ensolaradas, a recomendação é que se faça um pouco de sombreamento sobre as plantas.

Isso deve ser preparado dentro do primeiro ano após o plantio, pois é imprescindível para a adequação ao local.

Suas mudas da pitomba uvaia passam a frutificar mais ou menos em 3 até 4 anos depois do plantio.

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