Ícone do site Agro20
Agronegócio

São Martinho é um dos maiores grupos sucroenergéticos do Brasil

De origem paulista, a São Martinho surgiu de uma fazenda no interior para ganhar o mercado nacional

Proprietária da maior usina processadora de cana em todo o planeta, a São Martinho surgiu de uma fazenda cultivada por imigrantes no interior paulista. Entretanto, são suas quatro usinas em operação que hoje dão ritmo intenso à importância do setor e à produção regional e internacional.

Com a aposta em tecnologia, seu portfólio passou a ganhar mais aporte em diversificação e inovação. Dessa forma, a São Martinho garante ótimos números nos setores de atividade. Gigante em um setor de destaque do nosso agronegócio, a empresa tem muita lição empresarial para ensinar.

 

O que é São Martinho?

São Martinho é uma das maiores companhias agroenergéticas brasileiras. Para se ter uma ideia, é capaz de moer mais de vinte milhões de toneladas de cana. Sem contar que ainda é uma referência no setor pela sua colheita quase que exclusivamente mecanizada.

Como seu grande diferencial, a empresa São Martinho possui uma plataforma logística moderna para escoar seus produtos. Isto sem mencionar sua grande capacidade de armazenagem e proximidade com importantes vias de escoamento, como rodovias, portos e ferrovias.

Como grande privilégio, a empresa conta com uma rede ferroviária própria de grande importância na logística. Dessa forma, é possível combinar menores custos e a praticidade do escoamento imediato da produção.

Estão em operação suas quatro unidades:

Todas usam a queima do bagaço da cana para gerar energia elétrica. Entretanto, as usinas de Iracema, Santa Cruz e São Martinho produzem apenas etanol e açúcar, ao tempo em que a Usina Boa Vista produz apenas etanol.

A São Martinho e sua trajetória de sucesso

O início da companhia remete ao fim do século XIX, quando parte da família Ometto veio para o Brasil. Em princípio, traziam apenas sonho e esperança como bagagem, visando melhores condições de trabalho e de vida.

Chegando ao interior paulista, trabalharam e perseveraram, trilhando um árduo caminho para o sucesso. Logo após, montaram um simples engenho de cana-de-açúcar na década da 1910. Então, vinte anos depois, numa fazenda próxima à Limeira, começaram a produzir açúcar pela primeira vez.

No fim da década de 1930, compraram a usina Iracema, localizada no município de Iracemápolis, também interior de São Paulo, para virar uma pequena destilaria de álcool. Contudo, ela passou a fabricar açúcar apenas em 1946.

Poucos anos mais tarde, a família comprou a então usina São Martinho, na cidade de Pradópolis. Por conseguinte, ela ainda iria se transformar numa das maiores processadoras mundiais de cana. Ao longo de algumas décadas, essas duas unidades cresceram e investiram em máquinas mais modernas.

Para iniciar o novo milênio, a São Martinho unificou sua estrutura administrativa. A partir disso, a gestão era sempre mais profissionalizada, criando mais possibilidades de investimento.

Recentemente, o legado do grupo empresarial se consolidou com uma padronização total da marca. Vale mencionar que a tática ainda fortaleceu seu desempenho nos mercados, ainda mais com a abertura de capital no ano de 2007.

Qualificação visando o futuro

Visando se antever a variações climáticas globais, a São Martinho sempre investiu no uso da tecnologia. Como exemplo, ela compara dados relativos à mudança de temperatura dos oceanos a fim de planejar todas as operações.

De acordo com setores estratégicos e de riscos, alguns processos no campo ainda podem ser pensados visando muito mais que uma análise pluviométrica.

Assim como o setor anda se preparando para essas transições, a empresa procura criar posições novas até mesmo para o mercado de trabalho. Ou seja, já existe demanda para profissionais de áreas de big data, tecnologia da informação e estatística do campo.

Embora as posições menos remuneradas desapareçam aos poucos, profissionais melhor remunerados e qualificados terão espaço garantido. Mesmo assim, isso não irá trazer mudanças drásticas ao departamento de RH do grupo São Martinho.

A companhia investe pesado na capacitação de todas as equipes. Nesse sentido, recentemente foram investidos sete milhões de reais em educação empresarial e muitas horas de treinamento para cada funcionário.

Seguindo nesse planejamento, a São Martinho almeja manter sua revolução tecnológica. Com isso, ela transforma todo dado de operação agrícola num indicador para reduzir custos e antecipar problemas.

A empresa já apostou no uso da tecnologia relacionada ao sistema 4G para suas máquinas agrícolas. Com isso, a transmissão dos dados passa a ser realizada em tempo real para a sede. Por outro lado, funcionários também podem sugerir melhorias através de aplicativos de melhoria contínua de reconhecimento.

São Martinho e as iniciativas sustentáveis

De acordo com o Departamento de Meio Ambiente estadual, cada mata ciliar tem papel vital para a proteção de cursos d’água. Elas ajudam a evitar o assoreamento e são fundamentais para a conservação e manutenção da fauna.

Com isso em mente, o grupo de usinas de açúcar São Martinho deu início a projetos que protegem e restauram o meio ambiente. Primeiramente, a meta é plantar um milhão de mudas nativas nos próximos dez anos, em locais como matas ciliares e áreas de recomposição.

Lançado no começo do ano 2000, um dos projetos começou as ações próximo à usina de Pradópolis, localizada no oeste paulista, sobretudo porque ela é a maior unidade de processamento de cana do planeta. Por mais de uma década, esse trabalho foi feito por equipes das áreas ambiental e agrícola das usinas.

Hoje em dia, projetos dessa magnitude contam com a participação de todos os colaboradores da empresa, aliados a alunos de escolas localizadas nas áreas onde as usinas da São Martinho estiverem situadas.

Outro ponto que faz parte dos projetos ambientais e de responsabilidade social são as ações nas datas comemorativas. Dia da Água, Dia do Meio Ambiente e Dia da Árvore, por exemplo, são grandes oportunidades para centenas de alunos participarem do plantio de milhares de mudas para recomposição de áreas de reflorestamento.

O projeto da São Martinho é ligado ao Centro de Educação Ambiental, também conhecido como CEA. Com esse tipo de ação, todos saem ganhando – e o meio ambiente agradece!

Sair da versão mobile