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Agricultura

Tipos de feijão são variados e importantes para a economia

Apesar de vários tipos de feijão serem presentes na gastronomia de diversos países, o Brasil é o que mais se destaca no consumo. O uso de vários tipos de feijão na cozinha brasileira se tornou hábito cultural, praticamente um símbolo nacional junto ao arroz. Dados do Ministério da Agricultura (Mapa) apontam que cada brasileiro consome em média 16 kg de feijão anualmente.

A soma da produção de variados tipos de feijão chega a quase 3500 toneladas por ano no país.  Essa produção ocupa mais de 4 mil hectares em todo o Brasil. Ainda assim, o Brasil precisa importar feijão para atender o consumo da demanda interna, mas necessidade que diminuiu nas últimas décadas, principalmente no decorrer dos anos 2000.

O que é feijão?

Feijão é uma semente de alto valor nutritivo que pertence à família de plantas Fabaceae. Várias sementes dessa família recebem o nome de feijão, por isso a enorme diversidade de tipos.

O feijão é uma excelente fonte proteica, é rico em cálcio, ferro, vitaminas, fibras e carboidratos.

Como é um alimento básico na cozinha dos brasileiros, formando a famosa dupla com o arroz, nutricionistas de mundo inteiro costumam elogiar a qualidade proteica dos pratos típicos brasileiros.

As espécies mais cultivadas no Brasil são:

O primeiro é o nome científico do feijão comum, também conhecido como feijão carioca, o mais presente no prato dos brasileiros.

O segundo é o feijão conhecido como fradinho, muito comum em cozinhas de comunidades rurais, em especial no Norte e Nordeste do Brasil.

O terceiro mais cultivado é o feijão conhecido como guandu. É mais frequente na alimentação de animais.

A história do feijão

Não se tem certeza do período ou local exato em que se começou o cultivo de feijão, mas certamente se trata de um dos alimentos mais antigos da humanidade.

Há registros com menções à produção de feijão no Antigo Egito e na Grécia Clássica, onde eram cultuados como símbolo de vida.

Também foram encontradas referência a tipos de feijão na Suíça da Idade do Bronze e também há 1000 a.C., entre o povo hebreu.

Há também evidências de que o consumo de feijão era uma prática comum e um dos pratos favoritos da antiga Troia.

Há três hipóteses sobre o local e período do surgimento do feijão. A primeira aponta a região da Mesoamérica, que hoje compreende o território dos Estados Unidos, México e Guatemala, como o local de cultivo de tipos selvagens, bem semelhantes a variedades crioulas simpátricas datadas de 7.000 a.C. Segundo esta hipótese, o feijoeiro teria sido domesticado nessa região e depois levado para a América do Sul.

A segunda hipótese aponta a América do Sul, mais especificamente o Peru, como local do primeiro cultivo, pois achados arqueológicos de 10 mil a.C. sugerem que o feijoeiro, na verdade, teria sido primeiro domesticado no continente sul-americano e depois migrado para a faixa central e norte do continente.

Por fim, a terceira hipótese credita a Mesopotâmia, por volta de 7 mil a.C., como o local de origem. Nessa versão, o grão teria se popularizado por meio de combates bélicos.

Tipos de feijão

Conforme exposto acima, existem vários grãos da mesma família de plantas que são denominados de feijão. Cada um apresenta aspecto e propriedades próprias, conferindo nutrientes e novos sabores aos seus consumidores.

Veja a seguir os principais tipos de feijão.

Feijão de corda

Mais popular na região nordeste do país, o feijão-de-corda é indicado principalmente para atletas por ser uma fonte riquíssima de proteínas e ajudar na construção e reparação de músculos.

O feijão-de-corda também auxilia na formação de cabelo e no desenvolvimento de dentes, ossos, além de combater infecções.

Tipo de feijão preto

Seguindo com a lista de tipos de feijão, talvez depois do feijão carioca, o feijão preto seja o mais popular. Figurinha mais do que certa em feijoadas, seu consumo sem carne também proporciona benefícios a saúde.

É rico em fibras, propriedade que ajuda a regularizar o funcionamento do intestino e melhorar a digestão. Também conta com boa quantidade de Ômega 3, bom para o coração, e ainda auxilia a reduzir o colesterol ruim.

Feijão verde

Não é tão conhecido no Brasil, mas os benefícios que proporcionam a saúde são consideráveis, atingindo até a parte emocional das pessoas.

O feijão verde ajuda a melhorar a absorção do cálcio, importantíssimo para o desenvolvimento ósseo. Também tem propriedades que previnem doenças intestinais.

Seus nutrientes são capazes até de combater transtornos psicológicos como a depressão.

O que é feijão tropeiro?

Feijão tropeiro é um prato típico da culinária de estados do Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, mais especificamente São Paulo, Minas Gerais e Goiás.

Esse prato consiste na mistura de feijão e torresmo, farinha de mandioca, linguiça, alho, ovos e outros temperos.

O nome faz referência a uma atividade comercial comum no século XVII, o condutor de tropas, que tinha como uma de suas atribuições promover a integração de povoados localizados nas regiões do centro-oeste e sudeste do Brasil ao transportar diversas mercadorias.

O transporte do tropeiro era feito a cavalo ou em lombo de burros.

Feijão no Brasil

O Brasil produz mais de 3 milhões de toneladas de feijão por ano e o brasileiro consome mais de 16 kg do grão anualmente. Tal demanda necessita a importação da leguminosa de outros países, destaque para a Argentina.

Com o desenvolvimento econômico que o Brasil atravessou na década de 2000, essa dependência por importação diminuiu, mas ainda se mantém presente.

As primeiras projeções sobre a safra de 2020 indicavam colhimento de 2,8 milhões de toneladas de feijão para o ano, número já considerado decepcionante, considerando que representaria 7% a menos em comparação à safra de 2019.

Contudo, tal projeção já não pode ser mais afiançada, pois no momento o Brasil e o mundo atravessa uma grave crise em relação ao Coronavírus.

A necessidade de evitar aglomerações e fechamento de estabelecimentos e empresas comerciais certamente afetará a cadeia produtiva como um todo. Por se tratar de um cenário muito atípico, é difícil fazer qualquer previsão no momento, não só em relação à colheita dos tipos de feijão produzidos no país, mas como para todos os setores produtivos.

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