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Pecuária

Vaca leiteira tem manejo específico para produzir grandes volumes de leite

Com as técnicas de melhoramento animal empregadas na criação de gado leiteiro, há algumas raças bovinas preferidas de vaca leiteira no Brasil que são conhecidas por sua grande produção

Aspectos como o tamanho dos úberes da vaca leiteira são indicativos de que ela é uma boa produtora de leite. Além da quantidade, é importante a qualidade do leite fornecido. Os investimentos na cultura são impulsionados de acordo com a grande demanda do mercado por leite e seus derivados.

A vaca leiteira é criada para se obter a melhor capacidade do animal para a produção de leite. Algumas raças bovinas podem atender tanto à demanda de leite quanto a produção de carne, porém, é muito difícil que não haja perdas quando em comparação às raças especializadas em produção leiteira.

O que é vaca leiteira?

Vaca leiteira é o animal criado única e exclusivamente para a produção de leite. Desta forma, ela deve pertencer a um grupo que tenha predisposição genética para portar úberes grandes que fornecem grande quantidade de leite.

Além disso, outros aspectos como a qualidade do leite, níveis de gorduras e mesmo a alimentação necessária para a produção são avaliados antes da escolha do animal por criadores.

Existem diversas raças de vacas leiteiras que são destinadas à pecuária. Outros animais como ovelhas e cabras, os quais também são produtores de leite, não chegam à mesma capacidade de litros diários que uma Jersey. Logo, o produtor deve escolher a raça do animal que mais produz, conciliando com a qualidade do leite exigida.

Para entender o que é vaca leiteira, precisamos compreender que há uma série de diferenças entre as raças que são utilizadas para tal fim e as que não são. A vaca produz leite apenas após a gestação, o que varia é o período que ela continua a produção mesmo após o desmame da terneira.

As raças como a Jersey e Holandesa continuam a lactação por até dois anos após o nascimento do filhote. Enquanto isso, as raças de corte já chegam ao sétimo mês com quase nada de produção de leite. Contudo, a produção de leite, mesmo nas vacas leiteiras, deve ser estimulada com a ordenha.

Origem das vacas leiteiras

As espécies leiteiras derivam de zebuínos e também de taurinos. As raças foram sendo melhoradas, com os melhores exemplares que alcançavam a grande produção leiteira, assim como as raças de gado de corte foram sendo melhoradas para a produção de carne.

Isso significa que os exemplares do gado que tinham maior produção foram selecionados como progenitores de uma nova geração de gado produtor.

A criação de vaca leiteira atualmente baseia-se em raças como a Girolanda, Jersey e Holandesa para aumento de sua produção. Estas raças são comumente premiadas em eventos por terem o melhor desempenho possível. Podem ser compradas por catálogos e em feiras exemplares da raça, as chamadas matrizes.

Estas darão origem aos bezerros de raças puras após a inseminação artificial de gado selecionado, com estudo de ancestrais, histórico de sua prole, o que ocorre tanto para a produção de leite quanto de carne. Desta forma, podem ser cruzados os tipos de vaca leiteira com o intuito de chegar a animais com melhores características.

Raças de vaca leiteira

Atualmente, as principais raças de vaca leiteira no Brasil são:

Ao contrário de sua concorrente Holandesa, a vaca Jersey possui porte pequeno e é de fácil manutenção. É uma raça acessível e com grande produção leiteira, sendo uma das mais populares entre os criadores. Muitos atribuem ao fato do seu tamanho e a sua grande produção leiteira a superioridade da raça Jersey.

Este é um animal de grande porte e com uma produção de leite que já é reconhecida em muitos locais como a mais rentável entre as raças produtoras. Devido à sua grande lactação, a raça de vaca leiteira holandesa começou a ser muito requisitada não apenas no Brasil, mas por todo o mundo.

A sua pelagem branca ou vermelha identifica a raça que pode produzir até 50 litros de leite por dia, divididos em 4 ordenhas. Outrossim, a qualidade do leite é muito boa, tendo pouca porcentagem de gorduras.

A vaca leiteira Girolanda é conhecida por sua precocidade. Bem adaptada a climas tropicais, a vaca Girolanda também se adapta a outros climas, mantendo a sua capacidade de produção. Ela faz parte de um grupo rústico de gado que é resistente e possui uma grande longevidade.

Além disso, essa raça é muito fértil e produz grandes quantidades de leite após o desmame da bezerra. O seu desempenho é satisfatório do viés econômico, o que faz com que essa raça seja uma das favoritas para a produção de leite no país, em regiões centro oeste.

Outras raças de vaca leiteira

Outras raças de vaca leiteira menos populares no Brasil, mas com grande capacidade de produção, são a americana Brown Swiss, a escocesa Ayrshire e também a suíça Simental. A vaca leiteira Ayrshire produz leite com menos de 4 por cento de gorduras, ideais para produção de queijos, e também é uma raça com boa aptidão para a produção de carne.

A raça de vaca leiteira Brown Swiss foi criada especificamente para a produção de leite. Essa raça não é a mais indicada para criação de gado de corte, apesar de a sua carne também ser consumida.

Tanto a vaca Ayrshire  quanto a vaca Brown Swiss não são tão comuns no Brasil.

Processo de ordenha

O leite retirado das vacas devem ser analisados a fim de podermos concluir se estão aptos para o consumo. Vacas com mastites devem receber tratamento e ficarem afastadas da ordenha. O leite pode ser retirado manualmente, ou em processos automatizados com máquinas.

O leite retirado deve ser encaminhado para o processo adequado, de acordo com a sua finalidade. Ou seja, o leite da vaca leiteira que será destinado à fabricação de laticínios deve passar pelos processos de coalho, enquanto o leite integral deve ser pasteurizado. Desta forma, o produto chega no consumidor final com o shelf life (ou “tempo de prateleira”) adequado e com boa qualidade, o que é imprescindível para o mercado brasileiro.

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